Entrevista a Henrique Vieira

Esta semana, o treinador da equipa de basquetebol do Sport Lisboa e Benfica, Henrique Vieira, concedeu uma entrevista ao jornal "O Benfica", deixo aqui um pequeno excerto retirado do site do Sport Lisboa e Benfica.

"- O Benfica terminou a primeira volta da Liga portuguesa em primeiro lugar. Dobra o campeonato com o sentimento de dever para já cumprido?
- Sim. O grande objectivo nesta fase regular é chegarmos ao final em primeiro. Cumprimos, não poderíamos fazer melhor. Ganhámos os onze jogos que tínhamos para fazer. É verdade que alguns com muita dificuldade, mas o que importa é que ganhámos. Acho que estamos numa boa posição para depois chegarmos à frente.

- Sente que a exigência este ano aumentou?
- É evidente. Nós estávamos preparados para isso. Sabemos como era no passado quando o Benfica ganhava sempre, todas as equipas reforçavam-se sempre para bater esse mesmo Benfica. Nós sabemos que agora vamos começar a sentir isso na pele. Sabemos que há equipas muito fortes, com orçamentos superiores e que no ano passado a época não lhes havia corrido tão bem. Logo, este ano tínhamos a noção que se iriam reforçar. Mas ainda bem, é bom sinal. Porque nós é que vamos à frente e toda a gente nos quer ganhar.

- A equipa venceu os três grandes opositores directos (Vitória de Guimarães, FC Porto e Ovarense) na primeira volta. Na sua opinião, qual é o adversário que mais dificuldades criou e que poderá vir a criar?
- Para mim, foi precisamente um dos que teoricamente não estava incluído nesse lote. O adversário que mais criou complicações, e foi aqui em casa, foi a equipa do Vagos. Uma equipa que chegou cá e fez um grande jogo. Sabemos que não vai ser fácil fazer uma segunda volta como fizemos a primeira, mas não podemos relaxar. Se queremos cumprir o objectivo de ganhar a fase regular, temos que encarar todos os adversários e não só esses três, com o mesmo respeito e a mesma dignidade para que possamos chegar ao final na primeira posição.

O Basquetebol teve um começo conturbado. Sentiu, em algum momento, nessa pré-época, que poderia ter esta primeira parte da temporada em risco?
- Não. Eu sabia que nós tínhamos uma vantagem em relação à maioria dos nossos adversários, já que não mexemos muito no plantel. O núcleo duro de jogadores portugueses foi mantido. Não conseguimos manter os estrangeiros do ano passado. Conseguimos o Ben Reed. Há sempre um risco para quem chega. Portanto, são jogadores que têm pouca experiência no nosso país, do nosso basquetebol. São jogadores que, neste caso, não tinham muita experiência europeia e, portanto, há sempre um risco de adaptação. Mas quando o núcleo já está constituído o resto é mais fácil."